O coração era só paixão, emoção e saudade... (se ele fosse brasileiro, certeza que ia cantar "quem dera ser um peixe, para em teu límpido aquário mergulhar... Caba não mundão!)
E aquela história que começou como um "bora matar a curiosidade" tinha virado um "amor sem fronteiras" e estava ficando cada vez mais sério.
Mesmo assim, a divulgação entre os amigos e conhecidos era pequena, quase nula, e poucos sabiam de todo o meu envolvimento com aquele amor virtual.
Eu seria recriminada, criticada, apedrejada na Medina... certeza!
E por isso eu preferia viver aquilo tudo sozinha.
As poucas pessoas que sabiam, e que achavam que eu estava viajando na Hellmann's (repararam que hellmanns é homem dusinfernu né? Rum, mensagem subliminar, tamo de olho), começavam a estranhar um pouco: como assim ele está vindo de novo te ver? Não faz sentido na minha lógica de que ele é um italiano aproveitador que só quer ser o lobo mal da sua história....
Pois é... e minha resposta às dúvidas delas era o brilho dos meus olhos que me entregava mesmo que eu tentasse esconder.
Depois de um ano distantes, depois de termos vivido diversas experiências, boas e ruins, algumas dúvidas pairavam no ar: nesse reencontro sentiríamos as mesmas coisas? Depois de um ano seria tudo tão bom como da primeira vez?
Como sempre, dúvidas pequenas comparadas a vontade imensa de nos ver novamente, nos tocar, nos sentir...
E sabe o que eu mais sentia falta nisso tudo?
De segurá-lo atrás do pescoço, por debaixo dos cabelos, colocar o rosto dele bem próximo ao meu e poder olhar no fundo dos seus olhos, sentindo a sua respiração. Juro...
{ Seus pervertidos que pensaram altas coisas imundas aí nessa mente de vocês... (brinks). }
No dia derradeiro eu estava lá, em pé no aeroporto, com um iceberg no estômago de tão nervosa, esperando o amor improvável da minha vida chegar.
E era engraçado os dias que antecediam esse momento. Eu preparava tudo, tudo mesmo. A roupa, o perfume, o sapato, a forma de andar, o que eu ia falar... fora o cronograma completo dos dias, separando as atividades, surpresas, presentes que daria e faria pra ele naquele pequeno período que passaríamos juntos.
Era muito planejamento! (Na hora H mesmo, eu esquecia de tudo aquilo e vivia, somente vivia cada momento, mas aquele pré-encontro, me ajudava a afogar a saudade e acelerar os dias para logo poder vê-lo).
E lá vinha ele, com seu andar dançado, seus cabelos que balançavam a cada passo que ele dava na minha direção, seu sorriso, só dele, e que me deixava o espírito fora do corpo...
Então que nos abraçamos e ficamos assim durante alguns infinitos segundos, sem querer desgrudar um do outro.
Nos olhamos bem dentro dos olhos, tudo isso em silêncio, sem dizermos uma só palavra, e um longo beijo respondeu e apagou toda e qualquer dúvida que poderíamos ter. Tudo estava igual e mais intenso que da primeira vez.
Ficamos um pouco juntos ali no aeroporto e fomos direto para casa.
Nessa fase, as crianças já conheciam Massimo pela webcam, porém, ele era apenas um amigo virtual da mamãe. Assim eles o conheciam.
Sempre que eles vinham no computador e eu estava falando com Massimo, era uma festa.
Massimo fazia mil caretas, pegava bichinhos, cantava, jogava com Paulo, ou seja, o tio virtual perfeito.
Então eles estavam bem ansiosos para conhecê-lo.
A essa fase da nossa história dou o nome de: entrando pra família devagar.
Fizemos diversos programas familiares: parque, shopping, restaurantes, clubes... todos os 4, sempre juntos.
Um fator importante que conquistou Massimo e o fez encarar um relacionamento com uma mulher e seus 2 filhos foi, sem sombra de dúvidas, a educação das crianças (foi mals aê pra você, amiga leitora que tem filhos e que acha que a Super Nanny e cantinho da disciplina é o caminho, a verdade e a vida - sai dessa lama plmdds...).
Voltamos também, só nós dois, ao nosso recanto... aquele lugar especial e mágico, cercado de verde e romantismo por todos os lados, que nos acolheu no nosso primeiro encontro. Nesse lugar éramos só nós dois e a nossa infinita paixão.
Foram dias importantes para todos nós. Para mim pois pude ver como Massimo se relacionava com as crianças, e para as crianças pois se divertiram muito ao lado daquele que seria seu futuro padastro (sem sabermos disso ao certo naquela época).
Minha mãe também conheceu Massimo dessa vez.
Lembro que percebi algo no ar. Percebi que a minha mãe não tinha amado Massimo, não.
Cabeludo, tatuado, com brinco, magrelo, solteiro, sem filho, italiano, sem falar português (nem entendia nada que a minha mãe, tagarela, falava).
Mas ela não disse nada... O conheceu, foi educada, receptiva e fim.
Hoje ela fala: olha, quando te conheci meu pensamento era: Ihhhhh esse daí não tá com nada! Não vai dar conta do recado (leia-se uma família inteira pra cuidar). Hoje, você é o genro que eu pedi a Deus
De tudo isso uma coisa era certa: cada dia que ele estava comigo eu tinha mais certeza de que era ele o homem da minha vida, o homem que eu queria para viver até que a morte nos separe.
O que era bom e ruim, né? Porque ele ia embora novamente...
Então ele voltou pra Itália, mais uma vez.
Mais uma vez a despedida foi regada de choros, sofrimento, coração partido, dias cinzas...
Dessa vez ele deixou um rastro de saudade não só em mim.
Tinha cativado e cultivado boas lembranças também em Paulo e Maria, que ao se despedirem, sentiram o que era ter que deixá-lo ir.
E depois dessa despedida?
Voltamos a nossa realidade virtual, mas dessa vez, com um agravante: terminamos o namoro por novamente não sabermos como resolver aquele problema: como ficar juntos?
E nossa música nesta fase era:
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Acompanhar a sua história de amor é uma delícia!!!
Que Deus abençõe sempre vocês!!
Aguardando os próximos capítulos,rs
Ai Dany, adoooro ler tua história de amor...a minha tb é muito bonita mas não sei se consigo relatar assim tão envolvente. bjs
Ei pessoa... quanto tempo mais preciso esperar para o próximo capítulo? Quero saber mais detalhes, eles me inspiram...
Te amo, amiga! Sinto saudades. Beijos.
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