Sou desligada, desastrada, cabeça nas nuvens, sonhadora (até) demais (mas só às vezes), desadequada, esquisita e "otras coisitas más".
Convivo até bem com as minhas excentricidades e inadequações, porém nem sempre.
Tem dias que, ao invés de saírem arcos-íris da minha cabeça, (expressão que uso na TV pra definir que tive uma grande ideia) pairam sobre mim, nuvens cinzentas cheias de raiozinhos e trovões e, essa nuvem, me persegue o dia todo pela casa e nem adianta eu tentar espantá-la com uma raquete, ela não sai.
Minhas crises existenciais normalmente são mudas, internas, e quase ninguém vê ( e nem percebe).
Quando isso acontece, sento e escrevo uma história, ou faço uma música, ou escrevo um poema ou apenas encho um copo de gelo, mas encho mesmo até quase não caber líquido lá dentro, boto um canudo e bebo um suco de uva bem geladinho.
É bom, façam!
Ó, já me perdi do assunto central.
Volta Dany, volta!
Então aconteceu que ontem, justo no dia do meu aniversário, fui convidada para a inauguração de uma biblioteca numa escola municipal, em Sapé (município localizado a mais ou menos 40 km de João Pessoa).
Em Sapé tive a alegria de participar, em 2015, do trabalho de ressocialização no presídio e foi lá também que realizei uma formação de contadores de histórias para que as professoras das escolas municipais pudessem levar a literatura para a zona rural do município. Uma zona de grande vulnerabilidade social.
E, atualmente, essas contadoras lindas, faceiras, talentosas e cheias de luz, estão fazendo bonito e botando a criançada pra ler. Alegria transbordante ver o resultado positivo de tudo isso.
Voltando de novo pro tema central...
Daí que chego eu sem Sapé para o bate-papo literário para o qual fui convidada, vestido rodado, sorriso no rosto, nhoque de aniversário ainda quentinho na barriga (amor Max tu cozinha que é o ouro!), depois de tirar um cochilo na viagem, tudo tranquilo,tudo favorável quando de repente me dou conta, quero dizer, Maria me ajuda a fazer a ficha cair que, aquele momento, aquela tarde, cada detalhe do que tinha ali naquela escola tinha sido preparado com a finalidade de me homenagear.
Pelamor! Como assim? Péra. Respira.
Cada turma de crianças da escola interpretou ou um poema escrito por mim, ou uma música que eu compus, ou uma das história que eu criei ao longo desses (17, ops... 27... ops... 37 anos).
Gente, sério!
Ego à parte (bem à parte mesmo), foi estonteantemente L-I-N-D-O!
Cantaram a música do Alberto, recitaram e interpretaram o poema "Sopro do vento" que escrevi no ano passado, na parede estava estampado um trecho da música que ganhei do meu pai no dia em que nasci (Dany Danielle) em um enorme painel, cantaram o poema "cavalinho" da Cecília Meireles, que musiquei. E pra terminar, interpretaram a minha biografia, de cabo a rabo, até descobriram que quando criança coloquei pimenta na boca da minha irmã, pois eu era a peste bubônica de tão levada.
Acho que foi o melhor presente que eu já ganhei na vida. Sabe porque?
Por que me deu respostas.
Respostas para aqueles dias das nuvens cinzas, quando me sinto mais perdida e com o auto-questionador interno ligado me indagando "o que que tu tá fazendo, fia?", ou então "pra que serve tudo isso?", "onde isso tudo vai dar?"
E meio que já deu, sabe?
Pelo menos essa sensação tive ontem.
Convivo até bem com as minhas excentricidades e inadequações, porém nem sempre.
Tem dias que, ao invés de saírem arcos-íris da minha cabeça, (expressão que uso na TV pra definir que tive uma grande ideia) pairam sobre mim, nuvens cinzentas cheias de raiozinhos e trovões e, essa nuvem, me persegue o dia todo pela casa e nem adianta eu tentar espantá-la com uma raquete, ela não sai.
Minhas crises existenciais normalmente são mudas, internas, e quase ninguém vê ( e nem percebe).
Quando isso acontece, sento e escrevo uma história, ou faço uma música, ou escrevo um poema ou apenas encho um copo de gelo, mas encho mesmo até quase não caber líquido lá dentro, boto um canudo e bebo um suco de uva bem geladinho.
É bom, façam!
Ó, já me perdi do assunto central.
Volta Dany, volta!
Então aconteceu que ontem, justo no dia do meu aniversário, fui convidada para a inauguração de uma biblioteca numa escola municipal, em Sapé (município localizado a mais ou menos 40 km de João Pessoa).
Em Sapé tive a alegria de participar, em 2015, do trabalho de ressocialização no presídio e foi lá também que realizei uma formação de contadores de histórias para que as professoras das escolas municipais pudessem levar a literatura para a zona rural do município. Uma zona de grande vulnerabilidade social.
E, atualmente, essas contadoras lindas, faceiras, talentosas e cheias de luz, estão fazendo bonito e botando a criançada pra ler. Alegria transbordante ver o resultado positivo de tudo isso.
Voltando de novo pro tema central...
Daí que chego eu sem Sapé para o bate-papo literário para o qual fui convidada, vestido rodado, sorriso no rosto, nhoque de aniversário ainda quentinho na barriga (amor Max tu cozinha que é o ouro!), depois de tirar um cochilo na viagem, tudo tranquilo,tudo favorável quando de repente me dou conta, quero dizer, Maria me ajuda a fazer a ficha cair que, aquele momento, aquela tarde, cada detalhe do que tinha ali naquela escola tinha sido preparado com a finalidade de me homenagear.
Pelamor! Como assim? Péra. Respira.
Cada turma de crianças da escola interpretou ou um poema escrito por mim, ou uma música que eu compus, ou uma das história que eu criei ao longo desses (17, ops... 27... ops... 37 anos).
Gente, sério!
Ego à parte (bem à parte mesmo), foi estonteantemente L-I-N-D-O!
Cantaram a música do Alberto, recitaram e interpretaram o poema "Sopro do vento" que escrevi no ano passado, na parede estava estampado um trecho da música que ganhei do meu pai no dia em que nasci (Dany Danielle) em um enorme painel, cantaram o poema "cavalinho" da Cecília Meireles, que musiquei. E pra terminar, interpretaram a minha biografia, de cabo a rabo, até descobriram que quando criança coloquei pimenta na boca da minha irmã, pois eu era a peste bubônica de tão levada.
Acho que foi o melhor presente que eu já ganhei na vida. Sabe porque?
Por que me deu respostas.
Respostas para aqueles dias das nuvens cinzas, quando me sinto mais perdida e com o auto-questionador interno ligado me indagando "o que que tu tá fazendo, fia?", ou então "pra que serve tudo isso?", "onde isso tudo vai dar?"
E meio que já deu, sabe?
Pelo menos essa sensação tive ontem.
Muitas vezes ouvi a pergunta:
- O que vc é?
Eu: " Sou contadora".
- Ah! Faz meu imposto de renda, então?
Eu: "Não sei nada de renda, sei de histórias. Tenho uma de mulheres rendeiras, quer ouvir?"
- " Ah! Tá! Então, deixa!"
É meio que isso. Entende o implícito?
- O que vc é?
Eu: " Sou contadora".
- Ah! Faz meu imposto de renda, então?
Eu: "Não sei nada de renda, sei de histórias. Tenho uma de mulheres rendeiras, quer ouvir?"
- " Ah! Tá! Então, deixa!"
É meio que isso. Entende o implícito?
E ver aquilo tudo ontem foi uma cachoeira de respostas lindas do universo pra mim, como presente de aniversário, vindo dos seres mais iluminados da terra: as crianças.
Se eu falar GRATIDÃO em capslock ainda é pouco, sabe?!
Tem outra palavra maior pra agradecer, será??
Vou pesquisar num dicionário antigo e empoeirado, mas enquanto eu não encontro, deixo aqui os meus sorrisos mais sinceros a todos os responsáveis por aquele momento encantado!
E principalmente a vc, Maria, minha anja!
Ah! E enquanto tô perdida, vou lendo a antologia poética de Manuel Bandeira, que ganhei do meu amor Paulo Raphael.
Sigamos...
Tem outra palavra maior pra agradecer, será??
Vou pesquisar num dicionário antigo e empoeirado, mas enquanto eu não encontro, deixo aqui os meus sorrisos mais sinceros a todos os responsáveis por aquele momento encantado!
E principalmente a vc, Maria, minha anja!
Ah! E enquanto tô perdida, vou lendo a antologia poética de Manuel Bandeira, que ganhei do meu amor Paulo Raphael.
Sigamos...