Mostrando postagens com marcador Nosso amor só nosso. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Nosso amor só nosso. Mostrar todas as postagens

domingo, 12 de junho de 2016

Sobre não amar...

0 Comente AQUI!


Ontem Max me fez chorar. 
De verdade. 
Chorei igual a um bebê, logo que acordei, por causa dele. 
E essa não é uma história brega de amor, pra homenagear alguém no dia dos namorados.
É o contrário.
É pra falar de quem não ama e faz questão de deixar isso claro, todos os dias.
Vou explicar...
Ontem dormi até mais tarde.
Max acordou cedo, deu o café da manhã do Alberto, consertou um vazamento no banheiro, saiu pra comprar a água e pra trocar o pneu do carro. 
E eu? Estava só dormindo.
Então, lá pra 9 horas, fui acordada com uma linda e carinhosa bandeja de café da manhã na cama, com um ramo da minha flor favorita do nosso jardim e um bilhete.
Café da manhã na cama, com florzinhas colhidas do jardim, não é uma enorme novidade, é meio que normal aqui em casa. A gente sempre faz isso, ou eu pra ele ou ele pra mim. É uma forma garantida de ver o outro acordar com um sorriso no rosto.
Mas dessa vez, além da bandeja, do café e da flor tinha um bilhete. Eu não pensei em mais nada, estava ansiosa pra ler o que ele tinha escrito pra mim. Esperava uma declaração de amor, dizendo o quanto eu era importante e essas coisas todas.
Lembra da lição? Crie unicórnios que exalam arco-íris, mas não crie expectativas?
Pois é... eu esqueci da lição e criei todas as expectativas.
Quando eu abro o papel, a surpresa. Ele havia escrito:
"Eu não amo você. Estou fazendo apenas o meu papel de marido".
Foi automático. Ler e chorar.
Tenho esse enorme defeito de fábrica: sou sensível demais, SINTO MUITO! 
Quando li aquilo, esqueci a bandeja, o carinho, o café, a flor. Só o que ficou registrado foi o "eu não te amo".
Passados 5 minutos daquele chororô, nós já estávamos rindo daquilo e tomando o delicioso café que ele havia preparado. 
Só que tudo isso me fez refletir sobre um ponto importante.
Max não me ama. Ele só faz o papel de marido.
Só que eu quero que ele continue assim.
Sabe por que?
Amar e dizer que ama, qualquer um faz, pra qualquer pessoa, a qualquer hora (se quiser algo em troca então, o eu te amo sai mais fácil ainda da boca).
Amar e dizer que ama é a coisa mais simples do mundo inteirinho.
Amar e dizer que ama, a gente faz aqui no facebook, faz um outdoor na praça, contrata um avião pra voar com uma faixa, se quiser.
Não amar e fazer o papel de marido é que são elas.
Não amar e fazer o papel de marido é não virar as costas nunca! Mesmo nos erros, nas crises existenciais, nos tropeços.
Mesmo quando eu digo que não quero mais, que cansei de tudo, que eu quero fugir, que quero ir pra Nárnia.
Não amar e fazer o papel de marido é segurar o fio da pipa e me deixar voar, mas nunca pra tão longe que eu não consiga voltar.
Não amar e fazer o papel de marido é saber conviver com alguém tão excêntrica como eu e se adaptar todos os dias pra tudo ficar sempre bem.
Não amar e fazer o papel de marido é lutar por tudo e por todos, calado, todos os dias, todas as horas, cada segundo.
Não amar e fazer o papel de marido é, também, não medir esforços pra me ver bem, feliz e sorrindo.
Não amar e fazer o papel de marido é topar tudo, sempre, contanto que eu esteja junto.
Por isso te peço: continue não me amando, desse mesmo jeito!
Por favor!
Não quero palavras. Não mesmo! O mundo tá cheio de amores da boca pra fora. 
Amor de palavra, amor sem valor, sem consistência.
Seu "não amor" mostrado em cada gesto seu é o que me sustenta, é o que me move, é o que eu preciso pra viver.
Eu também não te amo. Muito! 

Feliz dia dos namorados!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nosso amor só nosso - Capítulo 13

10 Comente AQUI!
A história começa aqui: (capítulos anteriores)

Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11. 
Capítulo 12.


Venho sofrendo bullying no fecebook por meio de algumas amhegas (Vero, Ana Carla, Iara, Margaret etc, etc etc) que ficam me ameaçando e me chamando de volúvel, ignóbil, pachorrenta, pernóstica que eu nem sei o que significa, mas poxa me sinto ofendida... (kkkk mentira, elas só cobram de vez em quandinho e com razão porque abandono a história da minha vida às moscas varejeiras).

Por isso acordei às 4 dessa madrugada de domingo para escrever mais um capítulo especialmente para vocês, anjas.
Recompemsem-me com massagens (não vale do groupon, pelamor de Deus), flores, Dom Perignon, diamantes e bombons. Hello???

Demorei tanto para escrever que vou deixar o link do Capítulo 12 aqui para quem quiser relembrar.
-----------------

Quando Massimo voltou para a Itália nosso amor estava ainda mais forte.
Quanto mais nos conhecíamos, mais nos amávamos. Era inevitável.
Não tinha freio, não tinha escapatória. Era como um funil que nos levava para o mesmo lugar, estreitando nossos caminhos cada dia mais e mais.
Nosso relacionamento sempre foi permeado por 3 pontos fundamentais: sinceridade, respeito e amor.
Acho que foi esse o grande segredo de ter dado certo apesar da distância, dos obstáculos e de todo o resto.
Ficamos mais 5 meses distantes um do outro, mas dessa vez fui eu quem fiz as distâncias se encurtarem.
Fui à Itália vê-lo, em dezembro daquele mesmo ano em que ele esteve aqui.
Trabalhei duro para conseguir bancar aquela viagem.
Lembram que eu estava desempregada, né?
Cheguei a dar 5 horas de aula de dança de salão seguidas, num domingo, para o mesmo aluno, pra levantar o dinheiro da viagem.
Pelo amor de Deus, hoje se escuto Leila Pinheiro cantando "Dois pra lá, dois pra cá" começo a babar verde e bater a cabeça na parede, serião.
Nessa fase da minha vida aprendi a lição que, para se conseguir algo que parece grande  é preciso foco, determinação e trabalho duro.
E foi isso o que eu fiz.
Coloquei no papel o quanto precisaria levantar de $$ para a viagem + sustentar minha família naqueles meses + ser feliz comendo umas "esfirra delícia" no Habib's no final de semana, fiz uma estratégia de ação e segui em frente sem olhar para o lado.

Era a formatura dele naquele mesmo ano, ele tornaria-se doutor em economia, defenderia a sua tese e eu queria e precisava estar ao seu lado num momento tão especial da sua vida.

Nos dias em que estive em Napoli, eu queria apenas 2 coisas: estar ao lado dele e estar ao lado dele.
 Estudamos juntos diversas vezes (ele lendo e relendo em voz alta a sua tese, treinando a sua apresentação que aconteceria em poucos dias e eu ali, o admirando  e desmaiando pelos cantos de fogo e  paixão enquanto não entendia uma palavra do que o meu Iaiá, meu Ioiô estava dizendo, pelamor de Deus, wathever do amor #wandorip #calcinha).


Foram dias inesquecíveis e marcantes para a nossa história, sem dúvida.
As paisagens que vi ali,  os incríveis aromas adocicados das vielas napolitanas, as roupas estendidas nas varandas da cidade, o frio cortante em nossos rostos nas noites românticas em frente ao mar mediterrâneo.
Aquelas flores vermelhas nos muros envelhecidos da arquitetura antiga de Napoli eram agora o pano de fundo da nossa história.
As músicas que tocavam no rádio nas ruas da cidade que percorríamos tornaríam-se a trilha sonora da nossa vida.
Conheci a família do Massimo,  um caso a parte para ser narrado.
O verdadeiro sentido da palavra família é ilustrado pelos Antonacci de maneira sublime.
Todos foram super receptivos, amáveis, simpáticos comigo desde o primeiro instante e amaram me conhecer ( até porque sou linda, fofa e um poço de doçura então só não me ama quem me odeia. Simples! kkk).
Aprendi e aprendo todos os dias valores familiares preciosos, esquecidos e jogados para escanteio pela maioria das famílias hoje em dia.

Conheci a sua cidade, digna de um príncipe como ele, cheia de lindos castelos, praias de pedra, mágicos pores-do-sol, tardes cinzas, noites frias.

(Ai gente, me deixa que sou pícara sonhadora assumida e acredito em histórias de amor, até porque vivo uma até hoje, todos os dias. Acredito sim em príncipe encantado real, com qualidades e defeitos (1000 pra um em proporção) que ama, que cuida, que protege, que faz feliz.
Se você é dessas que diz: príncipe encantado não existe, histórias de amor são lendas, das duas uma:  ou é porque você nunca viveu um amor verdadeiro na sua vida inteira ou é porque está com o coração cheio de mágoas e ferido. Não faz isso com você não. Amar é tão bom! E para amar, o coração precisa estar vazio de todo e qualquer sentimento oposto a ele, porque o amor é como a água, puro, límpido e não se mistura com o azeite das frustrações e infelicidades.)

Nossos corações, naquele momento, explodiam de felicidade e amor.
Estar com ele ali, ver a sua realidade... era lindo.
Conheci todos os seus amigos, conheci os lugares que ele frequentava, os pubs em que ele tomava café, o posto de gasolina em que ele abastecia o carro, a tabacaria em que ele comprava cigarros (na época ele ainda fumava, parou tem mais de 2 anos, antes de Alberto nascer).
Cada local de Napoli, para mim,  tinha o seu encanto, pois era um pouco mais dele que estaria guardado em mim para sempre.
Para todos os seus amigos a fala era única: finalmente conheci a mulher que fez a macumba que conquistou o coração do Massimo.
A esta altura do campeonato, todos já sabiam da loucura dele para vir logo morar no Brasil e que a vida dele girava em torno deste sonho.
Ele comia, dormia, acordava com esse propósito: deixar a Itália e vir de vez para onde o sonho dele estava.
(Dsclp mas o sonho dele era eu, as mina pira hahaha).

Daí uma voz ao fundo da plateia me pergunta: mas porque ele não ia logo, cacilda?

Pois é, daí a explicação lógica para todo esse tempo longe um do outro.
Massimo é uma pessoa extremamente inteligente e prudente.
Apesar de todo o amor que sentiamos um pelo outro, na vida real precisa-se mais do que sonhos para vencer o dia-a-dia.
Então ele concluiu que, se viesse sem nada, sem nenhuma estrutura, nosso amor estaria fadado ao insucesso (frase de efeito da escritora. Academia Bras. de Letras, tô cheganu).
Porque amar com a barriga cheia de lagosta e o pé calçando Louboutin é fácil, agora amar vendendo o almoço para pagar o caldo de cana do jantar, calçando ipanema porque a havaiana tá cara é outra história, pode acontecer, mas o risco de tudo ruir é bem maior. Ele não queria correr este risco, queria ter a certeza de que tinha feito tudo para dar certo.
Então ele tinha um plano e este plano tinha que ser cumprido para que ele pudesse vir. Era o pré-requisito.
E o plano era: comprar uma casa na Itália, deixar alugada e só então vir morar aqui. Pois, com o dinheiro do aluguel ele teria tranquilidade e tempo para decidir o que fazer aqui no Brasil.
Então, foram meses e meses e mais meses procurando a casa ideal para comprar, no valor que ele queria pagar.
Fase negra na vida do meu amor que acordava cedo e percorria cada cantinho de Napoli em busca desse portal da libertação dele.
Foi difícil demais achar o imóvel. Foram momentos de muito estresse.
Ele, muitas vezes se viu sem esperanças, depois de dias e dias de procura sem sucesso.
Voltava pra casa, com expressão triste, muito calado, com olhar distante.
Eu via tudo aquilo e não entendia nada.
Achava que ele estivesse em crise, querendo desistir de nós.
Mas na verdade ele estava em crise, querendo vir logo e sem poder.
E os dias se arrastavam. E os dias passavam.
Passávamos os dias conversando banalidades sobre a vida, relembrando momentos lindos da nossa história, mas evitando falar em planos para o futuro, já que a incerteza era a roupa que o futuro vestia e tocar neste assunto era como mexer numa ferida exposta.
Só que internamente isso nos corroia. A incerteza estava competindo com o amor dentro de nós. Ela queria calá-lo enquanto ele gritava para sobreviver.
Nós estávamos cada vez mais cansados da distância, do amor não concretizado.
Ele lutava de lá para conseguir o que queria e eu lutava daqui buscando forças para acreditar que ele conseguiria e que ainda queria lutar por tudo isso.
Muitas vezes duvidei de que ele quisesse realmente deixar tudo: família, amigos, seu país, sua cidade.
E nesses momentos um abismo se abria dentro de mim.

Ai gente, quanto mais escrevo nossa história mais a amo. Parece que nem sou eu, sabe?
Parece que li um livro de Shakespeare e estou escrevendo uma resenha dele.
Mas daí penso que é a nossa história real e, nesse momento, no meu olho esquerdo, forma-se uma piscininha de lágrimas pronta pra desaguar.
Coisa linda isso.
Xô ir ali abraçar meu nêgo e dormir grudadinha nele pra acreditar que tudo isso é real!

A música daquele momento, é essa, que amo de paixão:



Se você ainda não sabe do que se trata, ou perdeu alguma parte, taí a novela,  toda organizadinha e na ordem: 

Capítulo 1.
Capítulo 2.
Capítulo 3.
Capítulo 4.
Capítulo 5.
Capítulo 6.
Capítulo 7.
Capítulo 8.
Capítulo 9.
Capítulo 10.
Capítulo 11.
Capítulo 12.

Fan Page do meu blog no Facebook:  Clica aqui! Curte aí!

Se quiser me adicionar no Facebook clica aqui. (Só não sei se você vai aguentar ler tanta besteira que escrevo, mas tenta).

domingo, 13 de novembro de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 12

6 Comente AQUI!
Massimo, mais uma vez tinha de partir.
Na madrugada que antecedeu a ida dele, eu me peguei chorando de soluçar com a cara enfiada no travesseiro.
E para me acalmar, acariciava levemente o seu rosto, encostava minha perna em sua perna e dava leves beijos em seu braço, sem que ele acordasse.
Queria aproveitar cada segundo daquilo que sabia que tinha hora marcada pra terminar.
Não queria dormir a fim de atrasar o relógio, mas o cansaço era mais forte que eu.
Então, deitei minha cabeça no seu peito e adormeci ali, pela última vez.
Eu, que já estava enfraquecida pelas outras idas anteriores dele, só caí do nível de destruída para dilacerada.
Não é tão ruim assim.
Mentira, é sim.
Nesse momento o fundo do poço parecia um hotel 5 estrelas da perspectiva em que eu me encontrava e o enxergava.

A sensação era de, numa mesma noite, ter um sonho perfeito grudado no meu pior pesadelo.
Vou tentar fazer vocês me entenderem.

Os dias que antecediam a chegada dele era o início do sonho: eu comprava as melhores roupas para esperá-lo, organizava os melhores eventos para irmos, preparava surpresas românticas - uma para cada dia - gravava cd's com nossas músicas preferidas para ouvirmos juntos, me envolvia tanto com aquela chegada que isso preenchia a falta que eu sentia dele: era o sonho começando.
Ele chegava. Era tudo perfeito, porque, quando se ama, quando se encontra a tampa da sua frigideira encardida é assim, tudo se encaixa, tudo é lindo, tudo é tão intenso que parece não ser real: era o sonho em si.
A noite que antecede a partida dele parecia que nuvens cinzas começavam a entrar no meu quarto, tudo escurecia, os sons incomodavam, as coisas perdiam as cores. O choque de realidade começava a se aproximar. Medo, tristeza: era o pesadelo começando.

Hora de se despedir. Uma tristeza enorme em todos... uma tristeza sem fim em mim. Inexplicável.

Fomos para o aeroporto, o silêncio era absoluto.
No caminho pedi para que ele parasse o carro, ele sem entender nada e meio preocupado com o horário, parou.
Entramos num parque lindo da minha ex-cidade, o parque da cidade em Brasília.
Sentamos debaixo de umas árvores, uns ipês  amarelos lindos, sem ninguém por perto. Éramos só nós dois, parecia um filme.
Lembro daquela cena como se fosse hoje.
Entreguei para ele uma carta de despedida, cheia e transbordante de amor, de carinho e sinceridade.
Era a minha surpresa de despedida. Foi um momento muito intenso, de muitas lágrimas mas também de muito amor.
Últimos abraços, últimos beijos.
Nos veríamos novamente? A vida seria legal com a gente e nos juntaria mais uma vez?
O destino, que gosta de brincar, nos separaria para sempre resumindo a nossa história apenas a uma lembrança do passado vivida por dois jovens apaixonados?

(Tá gente, vocês já sabem a resposta então nem tem a menor graça fazer esse suspense inútil. Mas deixa eu brincar de ser escritora, vai?).

Chegando ao aeroporto, a cena se repetia: eu com a cabeça enfiada no volante sem querer vê-lo sair do carro.
Ele me beija pela última vez, bate a porta e eu, buscando a única gota de coragem que restava em mim, olho para o lado e vejo ele se afastar  para longe, muito longe, onde as minhas mãos e braços não poderão alcançá-lo tão cedo.
Voltei para casa, me enfiei debaixo do edredom, rodeada de alface e água (que não ia ser louca de comer chocolate e coca pra ficar baranga) e mergulhei na ficção.

Minhas anestesias mentais nos momentos de solidão eram: livros (10 ao mesmo tempo, comendo nutri light), filmes (um atrás do outro, comendo biscoitos de fibra sem açúcar), músicas (repertório dor de cotovelo de 1900 A.C até os dias atuais,  bebendo água depois de chorar litros).

Olhando pra trás posso tirar uma conclusão: sou forte, velho.

Acho que metade da população que usa calcinha e absorvente interno com aplicador ia se enfiar nos anti-depressivos para superar toda essa fase negra que vivi. Mas eu não. Eu me enfiei no afinatto* e nas aulas de spinning e esperei ele voltar, linda, loira,  magra e metida! haha (brincadeira, nem sou tão metida na vida real, só um pouco. Sou mó legal, pode vir me conhecer).

Os meses seguintes foram uma loucura. Massimo ia tornar-se doutor em economia no fim do ano e eu TINHA que estar junto dele neste momento.
Então, entrei com tudo no trabalho, chegando a dar 5 horas seguidas de aula de dança para o mesmo aluno no domingo para conseguir bancar a minha viagem para a Itália.
Dei tanta aula de dança que não consegui ouvir salsa durante 3 anos consecutivos após esse período.
Forró então, uh... só de lembrar me dá vertigem.
Precisava levantar uma boa grana e ainda pagar todas as contas da casa naqueles meses.
Foi hard, mas consegui.
No final do ano estava eu lá na Itália, juntinha com o meu amor.
Conto no próximo capítulo.

Importante:


Eu tô aqui te entretendo com a história da minha vida, deixando sua vida mais feliz com as minhas tragédias amorosas, então tenho o direito de te fazer um pedido:
vai lá na Fan Page do meu blog no Facebook e curte pra mim, vaiiiii?
Clica aqui! ou aqui do lado direito do blog também tem a opção para você curtir.
E também, se ainda não me segue no Facebook, pode me adicionar clicando aqui. (Só não sei se você vai aguentar ler tanta besteira que escrevo, mas tenta).
E também... chega de também!

*Afinatto era um troço que eu tomava, na época, para emagrecer.
Veja bem, eu pesava 49 kg e queria emagrecer... juventude transviada.
Mas não é remédio não. É só um treco feito de crustáceos e tal, que te faz perder a fome e dá uma sede do caramba.
Não sou médica e por isso não recomendo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 11

17 Comente AQUI!
Onde foi mesmo que eu parei?
Ah... lembrei.
Fiquei tantos dias sem escrever minha novelinha mexicana que foi até difícil encontrar o fio da meada.
Mas vamos lá.
Era o momento, novamente, do reencontro.
Estávamos há mais de 1 ano sem nos ver.
Exatamente 1 ano e 5 meses só tendo contato por telefone e Msn (24 horas por dia. Nesse momento da minha vida Massimo estava mais presente do que nunca. Participava, à distância, ativamente da minha rotina e de todos os acontecimentos da minha vida. Sei que é estranho isso para quem nunca imaginou ou viveu algo parecido, mas acredite, era exatamente assim. Ele estava mais presente na minha vida estando a milhares de quilômetros que muitos amigos e parentes que estavam a minha volta. Ele sabia mais de mim do que minhas melhores amigas.)
Nessa fase do nosso namoro virtual tínhamos uma frequência tão enorme de encontros virtuais, que, praticamente esquecíamos que estávamos separados por aquele monitor. Massimo morava dentro do meu quarto e eu morava na Itália (ai como sou chique - dentro do computador dele).
Mas, para a nossa felicidade, o dia do reencontro havia novamente chegado.
Eu estava lá no aeroporto, 1 hora e meia antes do vôo dele chegar, pois a ansiedade não me deixava ficar parada em casa. Eu não cabia em mim e em nenhum lugar. Nem naquele aeroporto eu cabia.
Ai como eu queria ter o poder de adiantar o tempo. Já sentiram essa vontade, de quebrar o vidro do relógio e adiantar o ponteiro levando  o tempo junto?
Naquele momento que antecedia o nosso encontro, o meu corpo dava todos os sinais do que aconteceria em breve: meus ossos tremiam, meu estômago gelava, meus pés não se fixavam no chão.
Era muita emossaun, Brasel!
Então que a porta abre e lá de dentro daquele desembarque sai todo mundo, menos ele.
Claro né?
É a lei de Murphy atuando no aeroporto: quando você estiver muito, mas muito, extremamente ansiosa e quase morrendo esperando alguém chegar, a pessoa que você espera ou vai ser a última a sair ou, por causa de algum imprevisto, chegará no próximo vôo. Fato!
Eu sempre ficava um pouco mais distante daquele local onde se espera os que chegam para não ser pega de surpresa e também, para ter uma margem de segurança para a minha miopia poder enxergá-lo ao se aproximar.
Já pensou que louco se confundo ele e abraço outro cabeludo qualquer que está chegando por pura vaidade de não colocar meus óculos?
Então minha estratégia era  me afastar bastante e ver, de longe, aquela seleção natural de um que chega e vai pra sua namorada, o outro que chega e vai para a sua mãe e o que restasse e tivesse cabelo grande e 1,82 m de altura seria o meu. Hahahaha... brincadeira gente, fazia isso porque sou tímida mesmo e assim, tinha um momento a mais para respirar fundo antes do encontro.
Que demora... que medo... que ansiedade. Ele não saía daquela porta.
Olhava o celular. Olhava o painel.
O avião era aquele, mas será que ele não tinha vindo?
Vamos, Murphy, não vim aqui pra brincar com você hoje não, seu carente!
Mas, ainda bem que aquele desespero todo não passava da minha ansiedade gritando.
Eis que ele surge, com aquele andar dançado só dele, aqueles cabelos lindos e um olhar apaixonado que me deixava ainda mais nas nuvens. Era ele, o meu amor que, novamente, tinha vindo para mim.
É indescritível aquele momento do nosso primeiro olhar se cruzando.
São as coisas inexplicáveis do amor.
Era como se todas as pessoas ao nosso redor desaparecessem.
Bregogê essa parte da narração mas vou continuar a descrever.

Se você não é muito romântico, don´t worry, sacos cairão automaticamente sobre as suas cabeças para que você prossiga na sua leitura.

Era como se fôssemos transportados pra outra esfera por alguns segundos.
O primeiro abraço. O primeiro beijo. O enfim juntos novamente. As palavras que descrevem aquele momento e todos os dias que viriam a seguir são: intensidade e paixão.
Quem nunca viveu isso eu aconselho: não passe por essa vida sem sentir essa explosão de sentimento. Faz um bem danado ao corpo, à mente, à alma, ao coração.
Estávamos vivendo, pela terceira vez, a parte real do nosso amor.
Fazia 3 anos e meio que estávamos juntos virtualmente e aquele, era o nosso terceiro encontro apenas.
Massimo, dessa vez, ficou hospedado na minha casa. Já era oficial que estávamos juntos para a família e para o mundo.
Dessa vez, resolvemos estreitar nosso relacionamento de uma forma especial, pois sabíamos que em breve iríamos nos separar novamente e que seria incerto o nosso próximo encontro (de novo, ai ai ai).
E como forma de selar nossa união, nos dirigimos a um templo, um lindo templo em Brasília e, diante de Deus, prometemos um ao outro que ficaríamos juntos para sempre.
Brincamos de casar. Foi tão lindo! Uma celebração nossa, só nossa, já que o amor era nosso, só nosso.
E aqueles que me chamavam de maluca, de sem noção, começavam a ver que aquela história meio sem pé nem cabeça estava realmente acontecendo de uma forma intensa e real.

- Um parêntese importante dessa história:  Massimo tornou-se padrinho de batismo da Maria Fernanda.


Passado um mês, Massimo voltou para a Itália, mas dessa vez, com a certeza de que, em breve, muito em breve, voltaria para ficar.
Ele tinha decido morar aqui, abandonar tudo e ficar aqui, comigo, com a gente.
Estava apaixonado pelas crianças. Estava certo de que aquela, era a vida que ele queria viver.
As coisas não foram exatamente como esperávamos, nem tão rápidas.
Ele foi embora em julho de 2006 e só veio morar aqui em julho de 2007. Parece pouco, um ano. Seria pouco sim se já não estivéssemos há 4 anos distantes um do outro, vivendo um amor virtual.
Estávamos no limite. Eu não aguentava mais a distância, a espera.
Aquilo estava me abalando muito psicologicamente.
E neste 1 ano, algumas coisas sérias aconteceram, comigo, com ele, com a minha saúde e sanidade mental (como se um dia eu tivesse tido isso! hahaha)
Cenas do próximo post.
Bye

Trilha sonora desses momentos:

domingo, 7 de agosto de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 10

8 Comente AQUI!
Massimo foi embora e uma fase negra começou na minha vida.
Negra porque de novo eu estava afundada no submundo da saudade, mas também porque a empresa em que eu trabalhava, uma escola da qual eu amava fazer parte, passava por uma crise gigante.
A este capítulo da novela dou o nome de buraco negro... tem mais coisa ruim que boa pra falar, mas se eu não contar, a história fica incompleta, sem sentido, sem verdade.
Eu era professora de informática.
Olha eu aí acolhendo meus pequenos antes de falar de coisas sérias:


Mas a escola não ia bem. Estava sendo mal administrada e, pouco a pouco, estava afundando.
Então, financeiramente minha vida começou a desmoronar.
Eu recebia salário um mês sim, um mês não.
Em alguns meses eu recebia 1/5 do salário. No outro, 2/3. No outro, um pedaço de pizza. No outro, a cueca do porteiro como pagamento pelos meus serviços.
Mais ou menos por aí...
Então, psicologicamente eu fiquei muito abalada com tudo isso.
Eu e todos os envolvidos no processo.
Como sempre, eu tentava não passar uma carga enorme de estresse para o Massimo, afinal, ele estava longe e não podia fazer muita coisa.
Mas a realidade era bem feia.
A expressão vender o almoço pra pagar o jantar não rolou, mas usar todos os limites de cartão de crédito e enfiar o pé na jaca das dívidas eu enfiei.
Em certo momento, fui socorrida por uma professora muito querida, a Cecília, que fez a compra do mês para eu poder esperar o próximo dinheiro entrar. Pensem vocês o que é passar por isso (e com 2 filhos).
Uma salva de affs para esta terrível fase da minha história.
Foi quando um dia resolvi desabafar com Massimo pois ele percebia que eu andava triste, chorava demais... Falei pelo que realmente  eu estava passando, ou seja, tirei a peneira que estava tapando o sol da minha vida.
Não gosto de ser portadora de más notícias e se eu posso poupar as pessoas das coisas chatas da vida e aguentar sozinha, eu faço... sou assim.
Só que Massimo ficou muito chateado comigo por eu não ter dividido tal problema com ele. Ficou p** da vida mesmo.
Pois quando eu disse pra ele que eu tinha recebido ajuda até para comer ele enlouqueceu.
Ele me perguntava  porque eu não havia falado com ele antes de chegar a este ponto. Ele não tinha noção de que eu estava passando por todos aqueles problemas.
Ele ficou sem chão. Sem saber o que fazer. Achou que eu tinha sido muito superficial em relação a nós dois.
Brigamos. Discutimos.
Desconectamos.
Depois de uns 3 dias que ficamos sem nos falar por causa da briga, nos reaproximamos novamente.
Massimo resolveu "casar comigo" virtualmente no sentido de me assumir... ele pegou aquele problema pra ele e a partir de então eu não mais estava sozinha para enfrentar aquele período.
Foi como se o nosso namoro passasse para um nível acima, pois até então, não tínhamos responsabilidades um com o outro. Nosso vínculo aumentou muito depois desse problemão.
Né querendo ser Poliana não, mas sempre tem uma coisa boa no meio do caos, né? Basta ter olhos treinados para ver...
Ele passou a me ajudar com minhas contas, basicamente foi isso.
A empresa em que eu trabalhava  faliu, deixando mais de 400 alunos sem escola em pleno mês de março.
Os pais dos alunos eram só revolta.
Uma equipe de sei lá quantos professores estava desempregada, traumatizada e frustrada (óia eu aí no meio).
Foi quando resolvi partir para outra...
Fundo do poço, eu conheço bem, mas se precisar do mapa pra sair de lá eu escaneio e mando por e-mail.
Eu tava lá no fundão do poço e pensei: - o que posso fazer já que nenhuma escola me contratará no meio do semestre?
Pensei, pensei, pensei e resolvi fazer o que eu melhor sabia fazer depois de ser linda (;-) e professora de informática, ou seja, dar aula de dança.
Consegui entrar  numa academia grande onde fui treinada para ensinar Ballroom, uma experiência super legal mas  que não durou muito, somente o tempo suficiente para eu ter mais conhecimento e aplicar nas minhas aulas particulares.
Óia eu aí numa apresentação de Valsa lenta.... Nhoin... deu saudade! (Mas bem pouca).



Saí da academia e passei a me dedicar em tempo integral às aulas particulares de dança na minha casa.
A nuvem negra começava a sair de cima da minha cabeça.
Mas eu estava há um ano e 3 meses sem ver o Massimo pessoalmente.
A saudade era grande demais...
Você se imagina vivendo um amor assim?
Você esperaria alguém por tanto tempo?
Foi então que ele veio novamente me ver... era o nosso terceiro encontro real.
Ele veio em julho, no meio da copa do mundo.
E quem estava jogando na final? Itália e França... salva de nhoinsssss!!!!
A Itália ganhou e eu pude comemorar com ele, agarradinha!
Se for pensar, pobre Massimo, veio assistir a copa em territória inimigo, mas acolhi bem ele chamando alguns amigos que torceriam para a Itália (senão seriam torturados e excluídos do meu Orkut, que ainda não era o primo pobre das redes sociais).
Foram dias lindos e perfeitos.
A Itália foi campeã.
Meu amor estava aqui comigo e uma sucessão de dias lindos e acontecimentos especiais aconteceram dali pra frente.
Good vibes novamente estavam rondando minha vida.
No próximo capítulo conto como foram os dias de Massimo aqui no Brasil e as coisas lindas que fizemos juntos. (Até casamos... ;-))


Bjo me acompanha na novela, mesmo eu sendo uma escritora de merd*** que passa dias sem escrever e deixa os netspectadores esperando as cenas dos meus próximos capítulos. Amo vcs.

domingo, 31 de julho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 9

3 Comente AQUI!
Então que Massimo veio me ver pela segunda vez, depois de 1 ano de uma longa espera, enfim,  nos veríamos de novo.
O coração era só paixão, emoção e saudade... (se ele fosse brasileiro, certeza que ia cantar "quem dera ser um peixe, para em teu límpido aquário mergulhar... Caba não mundão!)
E aquela história que começou como um "bora matar a curiosidade" tinha virado um "amor sem fronteiras" e estava ficando cada vez mais sério.
Mesmo assim, a divulgação entre os amigos e conhecidos era pequena, quase nula, e poucos sabiam de todo o meu envolvimento com aquele amor virtual.
Eu seria recriminada, criticada, apedrejada na Medina... certeza!
E por isso eu preferia viver aquilo tudo sozinha.
As poucas pessoas que sabiam, e que achavam que eu estava viajando na Hellmann's (repararam que hellmanns é homem dusinfernu né?  Rum, mensagem subliminar, tamo de olho), começavam a estranhar um pouco: como assim ele está vindo de novo te ver? Não faz sentido na minha lógica de que ele é um italiano aproveitador que só quer ser o lobo mal da sua história....
Pois é... e minha resposta às dúvidas delas era o brilho dos meus olhos que me entregava mesmo que eu tentasse esconder.
Depois de um ano distantes, depois de termos vivido diversas experiências, boas e ruins, algumas dúvidas pairavam no ar: nesse reencontro sentiríamos as mesmas coisas? Depois de um ano seria tudo tão bom como da primeira vez?

Como sempre, dúvidas pequenas comparadas a vontade imensa de nos ver novamente, nos tocar, nos sentir...
E sabe o que eu mais sentia falta nisso tudo?
De segurá-lo atrás do pescoço, por debaixo dos cabelos, colocar o rosto dele bem próximo ao meu e poder olhar no fundo dos seus olhos, sentindo a sua respiração. Juro...
{ Seus pervertidos que pensaram altas coisas imundas aí nessa mente de vocês... (brinks). }

No dia derradeiro eu estava lá, em pé no aeroporto, com um iceberg no estômago de tão nervosa, esperando o amor improvável da minha vida chegar.
E era engraçado os dias que antecediam esse momento. Eu preparava tudo, tudo mesmo. A roupa, o perfume, o sapato, a forma de andar, o que eu ia falar... fora o cronograma completo dos dias, separando as atividades, surpresas, presentes que daria e faria pra ele naquele pequeno período que passaríamos juntos.
Era muito planejamento! (Na hora H mesmo, eu esquecia de tudo aquilo e vivia, somente vivia cada momento, mas aquele pré-encontro, me ajudava a afogar a saudade e acelerar os dias para logo poder vê-lo).

E lá vinha ele, com seu andar dançado, seus cabelos que balançavam a cada passo que ele dava na minha direção, seu sorriso, só dele, e que me deixava o espírito fora do corpo...
Então que nos abraçamos e ficamos assim durante alguns infinitos segundos, sem querer desgrudar um do outro.
Nos olhamos bem dentro dos olhos, tudo isso em silêncio, sem dizermos uma só palavra, e um longo beijo respondeu e apagou toda e qualquer dúvida que poderíamos ter. Tudo estava igual e mais intenso que da primeira vez.
Ficamos um pouco juntos ali no aeroporto e fomos direto para casa.
Nessa fase, as crianças já conheciam Massimo pela webcam, porém, ele era apenas um amigo virtual da mamãe. Assim eles o conheciam.
Sempre que eles vinham no computador e eu estava falando com Massimo, era uma festa.
Massimo fazia mil caretas, pegava bichinhos, cantava, jogava com Paulo, ou seja, o tio virtual perfeito.
Então eles estavam bem ansiosos para conhecê-lo.
A essa fase da nossa história dou o nome de: entrando pra família devagar. 

Fizemos diversos programas familiares: parque, shopping, restaurantes, clubes... todos os 4, sempre juntos.
Um fator importante que conquistou Massimo e o fez encarar um relacionamento com uma mulher e seus 2 filhos foi, sem sombra de dúvidas, a educação das crianças (foi mals aê pra você, amiga leitora que tem filhos e que acha que a Super Nanny e cantinho da disciplina é o caminho, a verdade e a vida - sai dessa lama plmdds...).

Voltamos também, só nós dois, ao nosso recanto... aquele lugar especial e mágico, cercado de verde e romantismo por todos os lados, que nos acolheu no nosso primeiro encontro. Nesse lugar éramos só nós dois e a nossa infinita paixão.

Foram dias importantes para todos nós. Para mim pois pude ver como Massimo se relacionava com as crianças, e para as crianças pois se divertiram muito ao lado daquele que seria seu futuro padastro (sem sabermos disso ao certo naquela época).
Minha mãe também conheceu Massimo dessa vez.
Lembro que percebi algo no ar. Percebi que a minha mãe não tinha amado Massimo, não.
Cabeludo, tatuado, com brinco, magrelo, solteiro, sem filho, italiano, sem falar português (nem entendia nada que a minha mãe, tagarela, falava).
Mas ela não disse nada... O conheceu, foi educada, receptiva e fim.
Hoje ela fala: olha, quando te conheci meu pensamento era: Ihhhhh esse daí não tá com nada! Não vai dar conta do recado (leia-se uma família inteira pra cuidar). Hoje, você é o genro que eu pedi a Deus e gosto mais de você do que da minha filha!#mimimi

De tudo isso uma coisa era certa: cada dia que ele estava comigo eu tinha mais certeza de que era ele o homem da minha vida, o homem que eu queria para viver até que a morte nos separe.
O que era bom e ruim, né? Porque ele ia embora novamente...
Então ele voltou pra Itália, mais uma vez.
Mais uma vez a despedida foi regada de choros, sofrimento, coração partido, dias cinzas...
Dessa vez ele deixou um rastro de saudade não só em mim.
Tinha cativado e cultivado boas lembranças também em Paulo e Maria, que ao se despedirem, sentiram o que era ter que deixá-lo ir.

E depois dessa despedida?
Voltamos a nossa realidade virtual, mas dessa vez, com um agravante: terminamos o namoro por novamente não sabermos como resolver aquele problema: como ficar juntos?

E nossa música nesta fase era:

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 8

6 Comente AQUI!
Gente, resolvi tirar um tempinho e vir aqui contar mais um pouquinho dessa história. Vocês não merecem isso. Não pensei que estivessem tão ansiosos pela continuidade dessa novela.
Então vamos lá... trabalho de lado e mãos à novela!!!

----------

Depois de alguns dias longe do Massimo eis que recebo um telefonema....
Quando vi aquele número no visor do meu celular (000000000) meu coração disparou. Ligação internacioal, tinha que ser ele (tá, também podia ser minha irmã, ou sei lá, o Pitt, Brad Pitt).
Torci antes de atender para que fosse ele e, quando atendi, até os olhos eu fechei para ajudar na fezinha.
Era ele!! Era ele!! Juro que eu nem acreditava porque para mim, ele não ia voltar atrás já que era muito mais racional do que emocional (assim eu pensava).
Me enganei e nossa nossa conversa, naquele dia, foi exatamente assim:

- Massimo: Oi
- Eu, com aquele sorrisinho no canto da boca mas meio apreensiva: Oi, como você tá?
- Massimo: Bem e vocë?
- Eu, com um sorrisão mas sem deixar muito transparecer: Tudo tranquilo...
-Massimo:  Pode se conectar um momento?? (Ele tava com voz de apaixonado, ah tava, lembro beeem desse detalhe)
- Eu, sorrindo e pulando pela casa e dando estrelinhas com uma mão só, mas sem ofegar e sem deixar ele perceber: Claro, me dá um momento e vou. ( eu já estava ao lado do computador mas precisava me recompor das estrelinhas e tirar aquele sorriso sem vergonha da minha cara!)

Quando um casal se separa e volta é, quase sempre, um bom sinal.
Quase quando a volta é por falta de opção, por comodismo. Aí não é legal.
Mas é bom sinal quando  percebem que a vida deles separados não é tão boa quanto a vida na companhia um do outro. Pois a opção de estar longe já vivenciaram e escolheram estar juntos de novo . E isso é lindo.
Após essa nossa primeira separação, criamos um vínculo muito maior. Vivemos separados, experimentamos o que é estar um sem o outro depois de termos nos conhecido e vimos que não era legal.

Foi então que Massimo escreveu sua primeira frase após a ligação:

- Não importa o quanto seja difícil, eu quero estar com você.

Isso não é lindo?
Me diz aí você que está comendo pipoca e lendo essa novelinha real.
Na hora eu infartei internamente e este infarto se expressou na forma de um enorme sorriso e uns olhos que mais pareciam estrelas de tanto brilho. Acho que chorei também, muito provavelmente.
O amor tem dessas coisas. Não tem como falar diferente.
Posso até cantar um Roupa Nova aqui que vai encaixar bem. Porque o amor é assim... Piegasmente lindo!

Essa frase de Massimo significava que iríamos continuar alimentando aquele amor virtual, mesmo sem saber onde ele iria dar.
 Massimo até cogitava um dia vir morar no Brasil, mas assim, um sonho adolescente, como o de ser astronauta um dia. Mas na realidade ele não pensava em deixar a família, os amigos, a vida dele pra ir em busca de uma paixão (ainda mais a paixão por uma mulher, brasileira, separada, com 2 filhos, e que conhecera apenas durante poucos dias durante suas férias. Insana realidade.)
E eu? Jamais pensei em largar meu país, envolver meus filhos nessa aventura de amor. Não existia essa possibilidade nos meus planos. Não mesmo.
Então que resolvemos apenas viver. Viver sem pensar no depois. Resolvemos continuar dando o melhor de nós, um para o outro, dia após dia.
Acho que esse foi o grande segredo.
Nossa dedicação era enorme, diária, prazerosa, viciante.
Não fazíamos cobranças, em campo nenhum, em momento algum. Estávamos conectados porque queríamos estar.
Ele era meu refúgio de paz e eu, o dele.
Ele era minha fonte de alegria, e eu, a dele.
O fazer o bem um ao outro era o que nos aproximava e nos mantinha ligados apesar de tão distantes um do outro.

Então que o fim do nosso namoro demorou pouco mais de uma semana...
Tempo suficiente para percebermos que estávamos envolvidos até o pescoço.
Isso era mais ou menos em agosto.
Passamos uns 2 meses sem previsão real de nos reencontrarmos e essa era a parte ruim que tentávamos, a todo o custo, abafar e não deixar que nos dominasse.
No final de outubro Massimo me disse que viria novamente para o Brasil em Janeiro. Já tinha planejado tudo, comprado as passagens.
Me belisca com unha postiça que eu não tô acreditando - devo ter falado internamente.
Meu coração quase explodiu e comecei a fazer a contagem regressiva dos segundos de novo...

Nessa mesma fase eu passava por um período muito, muito chato e difícil. A separação.
Separar é passar pelo UMBRAL na Terra. Sério.
Pelo menos a minha foi assim.
Todos os problemas que alguém pode ter quando está se separando  eu tive.
E era um contraste, pois, ao mesmo tempo em que eu estava vivendo a plenitude da minha paz interior, feliz, apaixonada, do lado de fora tinha sempre algum problema, alguma perseguição, alguma intriga.
Inferno. Inferno total que enfrentei fortemente graças a paz que tinha "ao lado" do Massimo. (lado de láááá do Mediterrâneo).
Consegui virar esta página amassada da minha vida de uma vez por todas.
Pena que não dá pra apagar com borracha ou arrancar as páginas que não gostamos da nossa história. Esse capítulo fez parte da minha vida e me ajudou a ser quem eu sou hoje, me fez crescer e me ensinou como enfrentar grandes obstáculos.
Me manda saltar com vara, caindo numa piscina olímpica, atravessando de costas, saindo no mortal  e correndo 100 metros rasos que faço sorrindo depois do que enfrentei. Serião.
Assinei a separação. Estava livre de verdade e com todos os "is" pingados como deve ser.
E assim aconteceu.

Foram mais 3 meses de espera pela volta de Massimo. Uma espera dolorosa e deliciosa ao mesmo tempo.
E em Janeiro estava eu lá  novamente, no aeroporto, com os olhos cheios de alegria, esperando aquele que tinha mudado o rumo da minha vida e me tirado do chão, para vivermos mais um capítulo da nossa paixão.

E no próximo capítulo: Massimo conhece meus filhos, minha mãe, minha casa e entra com os 2 pés na minha vida. A coisa ficou mais séria.
Juro que não demoro a escrever o próximo capítulo.
A música que fez parte deste período foi uma que explica exatamente o que estávamos vivendo, a racionalidade de Massimo falando mais alto que a emoção e levando-o para longe de mim. Mas, o amor falou mais alto (ele sempre fala mais alto) :

"Eu te amo
Você me ama
Aceite este presente e não pergunte o porquê
Pois se você me permitir
Vou pegar o que lhe assusta
E guardar lá dentro
E se me perguntar porque estou com você
E porque nunca lhe
Deixarei
O amor vai lhe mostrar tudo"


Beijo, beijo apaixonado.
:)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo { PAUSA }

3 Comente AQUI!
Gente,

Sei que terminei com Massimo na novela há 30 séculos, porém vamos voltar...
É que estou envolvida numa NOVILINDA que tá acabando com meu tempo, quer dizer, com meu tempo, meu sono, meus neurônios e pra escrever preciso da cabeça vazia oficina da..... novela, entendam.
Acho que no máximo até terça que vem lanço a novidade (ai ai ai, vcs vão amar. Assim espero!).
Depois disso, a novela e a minha vida real voltam ao normal.
Um beijo em cada netespectador lindo que me cobra as cenas dos próximos capítulos.

Volto logo, juro!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 7

3 Comente AQUI!
...porque quando nos falta a outra metade nos sentimos realmente vazios, sem nada.
Assim eram meus dias depois da partida de Massimo: vazios.
Nesta época, lembro, fazia muito frio em Brasília. Chovia. Eu olhava pela janela e o cenário ao meu redor era cinza. E, apesar de sempre estar cercada de pessoas amadas, eu era inundada por uma imensa solidão.
Eu vivia duas vidas: uma interior e uma exterior que me dividia em duas.
Ao mesmo tempo em que "ter" Massimo era a melhor coisa que eu já tinha vivido na vida, por outro lado era muito, muito doído não tê-lo ao meu lado.
Ao mesmo tempo em que era tão bom passar os dias conectada conversando por horas e horas e horas com ele, era triste o momento de apertar o botão de desconectar e deitar numa cama vazia, sem seus carinhos, sem seu calor.
E foram mais 6 meses assim, somente nos amando por detrás da tela de um computador e sem nenhuma previsão de nos reencontrarmos.
A saudade nos consumia e ao mesmo tempo a vontade de nos ver novamente se multiplicava a cada dia.  Porém, toda aquela incerteza nos deixava sem forças para continuar.
O amor ia crescendo e com ele as  dúvidas de como fazê-lo acontecer.
Nesta época não falávamos em ficarmos juntos, em morarmos juntos, muito menos em nos casar.
Queríamos apenas nos ver de novo, sabe? Tentar viver um namoro normal, trocando experiências, saindo, vivendo o real. Só isso queríamos.
Mas como?
Foi quando Massimo decidiu botar um ponto final na nossa história, por não saber mais como continuar. Ele não tinha a mínima previsão de poder vir novamente ao Brasil e eu muito menos poderia ir tão cedo à Itália (tinha meus filhos, meu trabalho...)
Neste dia meu mundo caiu.
Num primeiro momento achei que ele estivesse falando apenas dos dedos pra fora (a gente não se falava, só teclava... pegou, pegou? ;-), mas não, era verdade.
Estava terminando ali aquela história improvável de amor.
E eu, que não sou de atropelar as vontades alheias, respeitei a  escolha dele e naquele dia, o desconectar foi um adeus.
Bloqueei Massimo no MSN assim que nos despedimos.
Sofrer homeopaticamente nunca foi o meu forte, sabe?
Gosto de puxar o band-aid de uma vez só, pra sentir a dor intensamente mas de forma rápida e depois, desfrutar mais rápido também da coragem de ter passado por aquilo.
E assim fiz...
Como doía ver o bonequinho dele ali on, nos mesmos horários em que sempre nos conectávamos, mas não poder falar com ele.
Lembro que ouvia nossas músicas e chorava, só chorava, olhando seu nome na tela do meu computador e pensando que realmente talvez aquela escolha tivesse sido a melhor para os dois, talvez como forma de consolo, talvez como um fio de sanidade que ainda restava em mim.
Eu tinha que conseguir seguir a vida sem ele, afinal, assim seria.
Mas nada tinha graça.
A cidade, as pessoas, os lugares mais badalados.
As companhias mais agradáveis.
As pessoas mais carinhosas, atenciosas, divertidas.
Elas não preenchiam o vazio.
Era sem comparação a vida AM e DM.
E a vida DM e sem Massimo era congelante.
As músicas que eu ouvia queria sempre compartilhar com ele, só com ele.
Os filmes que eu via queria poder um dia assistir com ele.
Os lugares que visitava queria ele ao meu lado e mais ninguém.
Nunca eu havia perdido a cabeça assim na vida, por nada e nem por ninguém.
E lidar com aquela enxurrada de novidades sentimentais estava me tirando a paz.
Como queria, naqueles momentos, ter ele de novo, mesmo que apenas virtualmente.
Só isto já me bastaria.
Mas eu não tinha nada... eu não tinha mais nada.
Algumas vezes pensei em desbloqueá-lo só para dizer um oi. Aquilo já me aliviaria  a alma.
Algumas vezes quis ligar pra ele, só pra ouvir a sua voz.
Mas minha razão me freava, me dizendo que aquilo somente retardaria ainda mais o meu sofrimento.
E assim passaram-se os dias, eu em companhia da saudade.
E como não gosto de dividir minha dor, guardo ela só pra mim, ninguém, absolutamente ninguém sabia o que eu estava passando. Aquela dor era minha, só minha.


E como nessa fase da história eu só tinha a minha dor de cotovelo como companhia, acho que ouvia 87% das músicas dessa seleção que alguém fez. E ouvi pelo menos 269 vezes cada uma. (se você está sofrendo de amor não escute, 100% de risco de desidratação).



quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 6

3 Comente AQUI!
Sabe a música: e no meio de tanta gente eu encontrei você? Pois é, foi exatamente isso que aconteceu enquanto esperava Massimo no aeroporto.
Planejamos muito aquele momento. Sonhamos com cada detalhe.
E apesar de só ter visto poucas fotos dele (lembra que falei que não tínhamos web cam?) o reconheci imediatamente quando o vi caminhando em minha direção.
E vê-lo ali, de carne e osso e cabelos compridos esvoaçantes na minha frente, pareceu um sonho para mim. 
Aquela imagem  era linda demais, o jeito dele caminhar era lindo  demais, o sorriso dele quando me viu era lindo demais, o brilho no olhar dele era... único.  
A atração que sentimos um pelo outro foi instantânea e ativada pelo nosso olhar. Nos abraçamos e num beijo bem demorado percebemos que, aqueles dias juntos seriam inesquecíveis.
A sensação era de saudade, saudade de algo que nunca tínhamos tido antes. O coração estava lotado de amor, transbordava. 
Eu tinha saudade daquele abraço, eu tinha saudade daquele beijo, eu tinha saudade daquele cheiro.
Uma paixão avassaladora.
Saímos do saguão do aeroporto e fomos para o meu carro, no estacionamento. Ficamos ali parados acho que durante uma hora, sem palavras, só nos olhando, nos sentindo (oe oe... não pensem maldades pelamor...).
Afinal, tínhamos esperado por aquele dia por muitos, muitos meses. Era a realização de um sonho e não podíamos desperdiçar nenhum nanosegundo. E também, não precisávamos de mais nada, de lugar nenhum, só de nós dois.
Seguimos, então, para o nosso refúgio, um hotel fazenda onde ficaríamos os próximos dias juntos e sozinhos, vivendo aquele sonho intensamente.
Foram dias perfeitos. Acordar com ele, dormir com ele, fazer todas as refeições com ele. Fora que o lugar era paradisíaco.
Preparei tudo nos mínimos detalhes. Levei nossas músicas gravadas numa fita K7 (mentira, já existia cd e eu nem sou velha, seus engraçadinhos). Dançamos juntinhos muitas vezes, e as palavras eram raras nesses momentos, afinal, falamos muito durante meses e por isso queríamos apenas nos sentir (oe).
Eu, servi Massimo com todos os mimos, carinhos e, claro, desastres que tenho guardados na manga, pagando micos antológicos que só eu sei pagar mas que, ao invés de fazê-lo voltar para a Itália nadando, o fizeram morrer de rir, tornando nossos dias bem divertidos também (Dany, Danielle é amor, paixão, sedução e entretenimento em geral..kkkkkk).
Só que aquilo tinha hora marcada para terminar. 
Massimo tinha que voltar para a Itália, para a sua vida  (para suas pizzas deliciosas, todos chorA de saudade) e eu igualmente tinha que retomar a minha rotina. 
Como era triste saber disso, meu Deus.
Como era triste termos que nos separar em primeiro lugar, mas pior do que isso, como era triste não saber se nos veríamos  outra vez na vida.
Nossa despedida foi um momento muito, muito doído. Era um adeus? Apesar de toda aquela sintonia e paixão será que nos veríamos de novo? E quando seria isso?
Chegamos ao aeroporto e a dor que eu sentia corroía cada mitocôndria das minhas células.
Eu soluçava debruçada no volante  e ele, não conseguia descer do carro.
Nos abraçamos fortíssimo. Fiquei vendo ele se afastar de mim pouco a pouco até sumir completamente, novamente, entre as pessoas. Assim como chegou. Assim como tudo começou.
O tempo é um grande mistério. Parecia mesmo o dia em que o vi pela primeira vez. 
Voltei para casa e um enorme vazio tomou conta da minha vida naquele período. 
Quando lembro daqueles dias vejo tudo em preto e branco.
A única coisa que me distraía eram os infinitos filmes que eu assistia e que me tiravam da minha triste realidade (ainda não existia twitter pohãããã).
A minha vida, novamente, estava sem ele.
A única coisa que me restava eram nossas fotos, nossas músicas e o seu perfume, que ele derrubou em uma camisa que me deu de presente e deixou escondida dentro da minha mala. Romanticone.
Ele chegou na Itália e recomeçamos nosso amor virtual.
Apesar de estar sem ele fisicamente, ainda me restava a nossa vida na frente da tela do computador, todos os dias, em todos os momentos, o que fazia aquela dor diminuir um pouco.
Recomeçamos, então, aquele amor impossível, só que agora cheio de lembranças e saudades reais...
Quando nos veríamos de novo? O que fazer com todo aquele amor e saudade?
Demorou. Demorou muito tempo até nos reencontrarmos novamente, mas isso será assunto para outro capítulo.
E as músicas que me lembram esta parte da história, são músicas dançantes. As músicas que dançávamos abraçadinhos no chalé do nosso refúgio:
(se não der pra ouvir aqui no blog, vai direto no IÚTUBIÙ)

1) Sabe dançar merengue? Se quiser te ensino... Dança de Salão, contatos por e-mail! hahahah (mentira, tô afastada do ofício):




2) Essa é brega demais, mas eu amo porque foi ele que me mandou e porque dançamos muito ela agarradinhos. Por isso no dia que eu te criticar porque você escuta Calcinha Preta, Forró da Xêta ou sei lá Alexandre Pires, pode jogar essa música na minha cara. Ah! Separei um vídeo bem ilustrativo pra canção. Não percam!


Voltaremos em breve com mais cenas dessa novela da vida real.
Beijos amores.
Dany, Danielle

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 5

5 Comente AQUI!
Nesse momento da nossa história já estávamos envolvidos até o último fiapo desfiado dos nossos casacos velhos.
E esse amor era um amor só nosso, pois quem entenderia uma história improvável assim?
Nossas horas no computador, naqueles dias, nos faziam confundir o que realmente era a vida real e a virtual.
Algumas vezes ficamos conectados por mais de 8 horas seguidas, apenas falando, falando, falando...
Sabe aquela expressão que diz: Para se conhecer alguém, tem que comer um saco de sal juntos? Eu e Massimo, acho que comemos uns 3.
Nosso namoro não tinha saídas para jantar, como os casais normais.
 Nosso namoro não tinha passeios no parque de mãos dadas, como os casais normais.
Nosso namoro não tinha nada a não ser a companhia um do outro para infinitas conversas.
Só que aquela história virtual estava com os dias contados.
Isso mesmo.
Massimo decidiu vir passar as férias no Brasil.
Tudo ia, enfim, virar real.
Enfim uma chance de finalmente nos conhecermos pessoalmente, mesmo que por pouco tempo.
Naquele momento nem preciso falar o quanto eu explodia de felicidade.
Fiz contagem regressiva dos segundos desde o dia que ele me contou que viria.
Era um misto de felicidade e medo.
Eu não sabia como Massimo era. Não conhecia seu cheiro, seu jeito de andar, seu sorriso... essas eram coisas apenas criadas por mim em meus pensamentos.
Ele tinha me mandado algumas poucas fotos dele e em cada uma ele era um pouco diferente.
Alguns daqueles Massimos eu amava, outros nem tanto.
E o medo de ele chegar aqui e eu não gostar do que eu iria ver?
Ia despachar ele de volta?
Ele também podia não gostar de mim, imagina?
Ele passaria alguns dias em Brasília e eu TERIA que estar com ele nesses dias, porque né, atravessou o mundo pra vir aqui e..... tinha que dar tudo certo.
A paixão me fazia correr este risco e eu tinha muito mais certezas do que dúvidas naquele momento e a maior delas foi: a de querer conhecê-lo.
E foi então que chegou o grande dia.
Eu estava  lá, na hora combinada, toda vestida de azul com uma roupa escolhida especialmente para aquele grande acontecimento.
Em pé de frente para a porta de desembarque do aeroporto de Brasília, esperando o desconhecido amor da minha vida chegar, era onde tudo ia se fazer concreto.
O coração? Nem preciso dizer era o protagonista do meu corpo.
Enquanto isso, meus olhos ansiosos estavam fixos naquela porta que nunca se abria.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 4

3 Comente AQUI!
Recordar é viver né?
Impressionante como tudo volta à tona relembrando os detalhes de um tempo que já passou.
As emoções renascem, o que pode ser bem legal  ou  bem estranho também, pois recordar também é reviver aqueles sentimentos ruins, dos momentos ruins.
Mas não dá só pra contar as coisas lindas, já que a vida real não é feita só desses momentos.
Quem dera que fosse!
Só que acontece que eu fui submetida a algumas técnicas de PNL  para viver sem as lembranças das coisas ruins pelas quais passei.
Então que pra escrever o capítulo de hoje tive que revirar meus arquivos mentais e até passar por uma sessão de hipnose. ;-)
E como isso não é um conto de fadas e sim a história de nossas vidas reais, vamos a parte trash!
A este núcleo da novela vou chamar de UMBRAL hahahahha.
...

Sair de um casamento é passar pelo purgatório na Terra, certeza.
Você ali paga todos os pecados que cometeu nesta e em toda as sua vidas passadas.
Cresci tanto nessa fase como nunca imaginei crescer ( se antes tinha a idade mental de 2 anos, depois da separação, certeza que completei 5 rapidinho...)
Eu casei com 16 anos e grávida.
Passei das mãos da minha família super-protetora, onde eu era paparicadérrima da cabeça aos pés, para as mãos de um casamento onde eu não fazia nada de responsável, sabe?
Não pagava contas, não fazia compras, não tinhas grandes responsabilidade, não arrumava casa, não lavava louça, não cozinhava... Uma patricinha de Bervely Hills total e completa.
Sempre tinha quem fizesse tudo por mim.
Não acho legal isso não, não me orgulho disso, deixemos claro.
É legal ter quem faça as coisas chatas por nós, mas quando nós estamos no comando da situação.
É fundamental cada um ser o comandante da sua própria vida, ao invés de deixar a vida te levar.
No meu caso era isso que acontecia.
Eu não ligava pra nada. Tudo o que envolvia as responsabilidades de uma vida a dois era um grande saco pra mim.
E fui descobrir depois que, na verdade, tudo  era um saco porque me faltava o mais importante para dar alegria aos meus dias, o amor (oinnn).
Então me separar significou tomar um choque de realidade e enfrentar a vida adulta, que no meu caso começou  aos 24 anos.
Ao mesmo tempo que eu enfrentava problemas enormes, eu vivia a melhor fase da minha vida.
Estava livre.
Estava leve.
Havia saído de um relacionamento onde eu tinha me mutilado internamente.
Não estou querendo dizer que eu era triste. Eu seria injusta em dizer isso.
Eu não era infeliz.
Mas sabia que não estava vivendo toda a felicidade que eu poderia desfrutar.
Eu vivia com uma sensação eterna de que estava faltando alguma coisa.
Eu não sei bem explicar. Acho que só quem já viveu um relacionamento desse tipo saberá interprertar isso.
Tenta entender:
Eu poderia estar no lugar mais lindo do mundo, não bastava.
Eu poderia estar vivendo um momento super legal, mas nunca era interessante o suficiente.
Eu poderia provar a comida mais saborosa do mundo. Ela nunca seria a mais saborosa do mundo pra mim.
Nada bastava, alguma coisa me faltava sempre, em todas as ocasiões.
E era a alma que me faltava, ou o amor, como queiram chamar.
Pra explicar melhor era como se eu estivesse permanentemente anestesiada.
Sabe quando você vai ao dentista e leva uma anestesia na boca e come chocolate logo depois? O chocolate fica até meio salgado. hahahaha
Assim me sentia, comendo um chocolate salgado every day.
Eu queria voar e estava com as asas amarradas.
Então foi eu conhecer Massimo pra eu sair do Matrix.
Naquele instante comecei a entender meus sentimentos.
O que era aquilo que eu sentia, que invadia meu corpo, que dominava cada espaço vago da minha mente, que atropelava todos os outros pensamentos?
O que era aquilo que me alimentava o espírito, me dava outra perspectiva para ver a vida, me fazia acordar sorrindo, sonhar acordada, dormir sonhando? (Uiii, olha o trocadilho poético!!! Arrasei!)
Taí uma das milhares de desvantagens de se casar muito nova. Você não experimentou os sentimentos. Você experimentou um ou outro, então como pode saber se é este o que quer sentir para o resto da sua vida até que a morte os.... salve?
Eu não tinha experimentado a paixão, o amor e quando tive contato com esses sentimentos, foi como um drogado em abstinência em contato com a sua droga.
Eu queria mais e mais e mais... Mexeu tudo por dentro.
Então aquela situação que estava bem blé na minha vida foi rompida.
A sensação foi de libertação e medo ao mesmo tempo.
Nunca me senti tão feliz, tão plena, tão eu. Redescobrir quem eu era, depois de anos sendo uma massinha-de-modelar-humana, que se adapta aqui, que se encaixa ali, foi realmente muito bom.
Agora tinha um porém.
Massimo nunca tinha sido casado.
Massimo nunca tinha tido filhos.
Massimo morava com seus pais.
Massimo era livre, era leve era solto ever.
Eu não podia assustá-lo com a tempestade de problemas que era a minha vida naquele momento.
Então ao me separar a primeira coisa que falei pra Massimo foi: não estou me separando por causa de você. Estou me separando por causa de mim. Porque percebi que posso ser muito mais feliz do que estou sendo. Por isso não sinta a responsabilidade de ter que estar comigo. Você não tem essa obrigação.
Eu tinha muito medo de tudo aquilo pesar nos ombros dele.
Então assumi uma postura de poupá-lo dessas coisas todas e assim fiz.
Usava Massimo como um carregador de baterias. Depois de um dia difícil, de tantos problemas, de tantas coisas para me readaptar, eu me sentava em frente do computador e ele estava ali, o amor da minha vida, a razão de toda aquela minha força, me esperando, pra me dar a paz que eu precisava para continuar.
Eu apertava o botão off dos problemas e ligava o botão on do amor. kkkkkkkkkkkkkk (cara, criei uma canção. Vou mandar pro Reginaldo Rossi hoje!)
Lembro ainda do cheiro daqueles dias.
Lembro ainda da música que tocava naqueles momentos nossos.
E um fato muito importante disso tudo: ainda nem tínhamos nos tocado, nos sentido... era tudo virtual.
Um amor virtual.
Ah! E na época não existia web cam ainda.
Quero dizer, claro que existia, mas eu não tinha e nem ele.
Gente, ces tão entendendo isso?
A gente só se conhecia por fotos.
Amanhã mostro as fotos que trocávamos naquela época.
Hilárias.

E a trilha sonora dessa fase foi essa:



quarta-feira, 15 de junho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 3

6 Comente AQUI!
Massimo teve uma única namorada séria na vida antes de mim, daquelas de apresentar pra família e tal.
Uma única.
Ele tinha 18 anos quando isso aconteceu.
Ele traumatizou dum tanto com a condição de ter alguém a quem dar satisfação que, a partir de então, decidiu que viraria um solteirão convicto.
Acho que, se não fosse eu aparecer na vida dele, ele poderia ser, tranquilamente, o substituto do Charlie agora que ele foi expulso da nossa série favorita! ( Two and a Half Men sem o Charlie, tsc tsc... lágrimas).
Ele fugia de relacionamento igual o diabo foge do corpo de Emily Rose durante o exorcismo.
Mas, entendam vocês que, não é aquele fugir da maioria dos homens que diz não querer saber de compromisso mas dali um pouco estão namorando sério ou noivando e quando terminam seus relacionamentos sérios gritam para os amigos: aff, não quero outro relacionamento nunca mais na vida! O que dura até o início do próximo namoro.
Com Massimo não era assim.
Ser solteiro era uma meta de vida mesmo.
Ele tratava sua solteirice como uma entidade superior a ser respeitada.
Depois desse namoro de adolecência, ele passou 10 anos exercendo muito bem o seu papel na sociedade: o de Don Juan.
Ele não se permitia um envolvimento mais sério com ninguém, só tinha relações passageiras.
E era sempre muito transparente com as suas futuras presas deixando bem claro esta condição antes que elas se enchessem de esperanças vãs.
Na época ele usava um pingente em formato de chave no pescoço.... ah esse pingente.
Posso dizer que esta chave abriu as portas da esperança da minha vida, oe oe oe Silvio!
Como uma forma de brincar ele me disse que, no dia em que uma mulher conseguisse conquistá-lo de verdade, ele daria de presente aquela chave para ela, já que era uma pessoa difícil de se apaixonar.
Conquistador do caramba.

Acredito que, assim como eu, muitas outras quiseram se arriscar por essas águas turvas. Afinal, quem não gosta de um desafio?
O que ele não esperava era encontrar uma Dany,Danielle no caminho, pois a Dany,Danielle, quando se propõe a ter ou fazer alguma coisa, não é muito de desistir não. 
Cabecinha dura, eu pratico!
Foi então que comecei a gostar dessa brincadeira de gata e rato.
Era ele de um lado sendo o inconquistável e eu do outro lado, secretamente, preparando minhas armas para vencê-lo. (Pelos poderes de Grayskull!!!) 
Meu plano de conquista foi militarmente elaborado.
Que Chin-Ning Chu o que, rapaz! A arte da guerra deveria ter sido escrito por mim. 
Eu fui muito astuta nessa parte da história. Muito mesmo.
Fizeram parte do meu arsenal  de conquista as seguintes armas:

1) Ser linda. Hahahahaha Brinks, mesmo.
1 verdadeiro) Não ser carente.
2) Ouvir mais do que falar (no meu caso, ler mais do que escrever)
3) Não ser a mulher SPC/SERASA. Cobranças não!
4) Ser leve e fazê-lo estar em paz. 
5) Deixar a mulher-problema de lado (estava me separando, lembram? Tinha todos os motivos para usar Massimo como meu psicólogo, mas não fiz).
6) Ter sensibilidade para me adaptar aos acontecimentos. 

Claro, óbvio, logicamente que eu não fingi ser quem eu não era.
E por isso meu arsenal de conquista não serve como um manual caso você, amiga leitora, já tenha pego o lápis e o caderninho para anotar as dicas acima e aplicá-las com aquele bofe leando que está na sua mira. Ahahahahaha
E assim fomos nos envolvendo aos poucos. Bem devagar fomos nos conhecendo e gostávamos muito de cada descoberta feita acerca um do outro.
O engraçado de tudo isso é que o nosso relacionamento virtual passou por 3 fases diferentes e muito bem delimitadas.  Vai da fase WHATEVER até atingir o patamar LASCOU-SE.
O patamar LASCOU-SE é aquele  onde a gente já não tinha mais para onde fugir, ou seja,  já está vamos apaixonados até o pescoço.
Entenda:

A fase 1 do relacionamento foi a fase WHATEVER e funcionava assim: nos falávamos somente quando, coincidentemente, nos encontrávamos no MSN no mesmo horário, o que não era uma coisa muito simples já que tínhamos uma diferença de horário de 5 horas.

A fase 2 foi a fase O BICHO TÁ PEGANDO  e funcionava assim: passamos a marcar um horário para nos conectar, para não dependermos apenas do acaso. Não era um compromiiiiiiisso obrigatório, mas era bem raro um dos dois não estar com o bonequinho verde no MSN na hora combinada. Sinal de que estávamos nos envolvendo mais e mais.

E a fase número 3  foi a fase LASCOU-SE: ele me mandava mensagem no celular ou me telefonava quando conseguia se conectar em um horário diferente do combinado. Assim, tínhamos mais tempo para ficarmos juntos. Nessa fase já fazíamos planos de trazer o romance virtual para o mundo real. Frio na barriga, medo, ansiedade, desejo... era muito intenso tudo aquilo.

Na fase WHATEVER eu ainda era casada.
Do dia em que conheci Massimo até o dia em que me separei passaram-se 4 meses.
Meses muito turbulentos, muito mesmo.
A empresa em que eu trabalhava estava falindo.
Só que essa parte da história (parte beeeem negra) deixo pra amanhã...


Ah, e olha quem é a dona do pingente de chave agora:

Vintage by danydanielle

:)

E a música que embalou nossa fase LASCOU-SE foi, certamente, The Reason:




Meninas lindas,
Estou simplesmente amando os comentários de vocês nessa nossa novelinha mexicana.
Espero que vocês tenham paciência para ler os próximos acontecimentos, pois ainda tem muita coisa para acontecer.
Beijinhos e até o próximo capítulo.
Dany, Danielle

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nosso amor só nosso - Capítulo 2

9 Comente AQUI!
Um ano antes de conhecer Massimo virtualmente eu tinha ido passar as férias em Fortaleza.
Que lugar lindo e paradisíaco aquele.
Acontece que em um dos passeios que fiz pelas praias de lá vivenciei uma experiência nada legal com um grupo de turistas italianos.
Era o destino começando a mexer seus pauzinhos a meu favor e eu nem imaginava.
Fortaleza é um antro de estrangeiros que vêm para o Brasil em busca de turismo sexual.
Lembro que neste passeio me sentei num restaurante onde, na mesa ao lado, havia um grupo de 5 italianos.
Eu estava lá, bem tranquilona chupando os dedos enquanto quebrava mais uma pata do meu caranguejo quando percebo uma movimentação estranha.
Me dou conta de que eles estavam apontando pra mim e fazendo comentários desrespeitosos (até parece que entendia alguma coisa), mas com cara de vou te comer, vou te comer, vou te comer...
Eca!
Ah se fosse hoje eu ia mandar um va fan culo esperto pra eles.
Mentira!
Só escrevo palavrão, mas não falo palavrão. Sou bem educada na vida real, só virtualmente que sou linguaruda.

Um ( ) sobre palavrões...
Meu vocabulário de palavrões foi adquirido, em parte, com uma pessoa importante nessa história toda: minha amiga Tharsila (vou usar esse codinome beija-flor aqui porque não pedi licença para expor a imagem dela). Beijo Tha....rsila!
Tharsila é carioca da gema. E carioca gosta de falar palavrão, né?
Assim como o nordestino fala oxente e o adolescente de Brasília fala véio, o carioca fala palavrão.
Eu acho fofo demais ela falando.
Porque não é só soltar o por** e a mer**, tem que ter aquele sotaque carioca gostoso.
Essa amiga acompanhou meu namoro virtual praticamente do início dele até os dias atuais.
Ela não  dava palpite do mal. Era parceira. Me dava o ombro amigo pra .... pra.... pra comermos batata recheada no Roadhouse... Porque não sou muito de chorar no ombro de ninguém. Sou fechada pra caramba (reclamam TODAS as minhas poucas amigas).
Acho que por isso escrevo.

Fechando ( ) e voltando ao que interessa:

Então que, como esses foram os únicos italianos que tive contato na vida, fiz uma dedução simples e rápida, baseada em uma sentença lógica formulada por mim.
Funcionava mais ou menos assim:

-"conheci" na vida 5 italianos.
- todos eram homens e babacas.
- logo todos os italianos homens são babacas.

E assim eu sigo, simplificando a vida. hahahahah
Adoro fazer sentenças de lógica com fatos cotidianos.
Sou viciada nisso assim como a minha vó é viciada em tirar a prova dos 9 de todos os números que vê na rua.
Mas, vejam vocês que, quando adicionei Massimo, não me lembrei desse acontecimento.
Agi apenas instintivamente.
Precisava mais que isso?
Sim Danielle, precisava.
Muito mais.
E sabe porque?
Na época eu estava saindo de um casamento de 7 anos. (Onomatopéia para a bomba caindo: puftpátibooooommm!)
E por causa deste fato, misturado com 2 colheres de mal entendido, mais uma pitada de incompreensão linguística, foi gerada a nossa primeira discussão virtual.


Foi mais ou menos assim que tudo aconteceu:
Ele começou a perguntar coisas básicas sobre mim e eu sobre ele.
(oi quer tc? hahahaha)
Foi quando eu disse, logo no primeiro instante, que eu era casada, sem explicar nada o que acontecia ao meu redor.
Sem dizer que este casamento estava por um fio.
Sem dizer que já havia um abismo enorme  e que bastava uma gota de nada para tudo ir por água abaixo.
Disse apenas que era casada e como resposta recebi a seguinte frase que, por mim, foi pessimamente interpretada:


_ Ok. Adesso vado (agora vou). Nao gosto de me "poner" entre esposos.

E foi aí que o bicho pegou.
Eu pensei: italiano fdp... tá achando o que da vida?
Nem me conhece e já acha que tô propondo um ménage a trois?
Pouhããããã.
Entendi na minha mente pervertida que ele tinha achado que EU estava propondo algo a 3, mas o que ele queria dizer era apenas que não queria se envolver no meio de nenhum relacionamento.
Discutimos neste dia.
Fiquei bem brava e quase o excluí do MSN.
Mas não foi difícil de nos entendermos apesar do idioma. A briga durou pouco e entendi, finalmente, o que ele estava me dizendo.
Neste momento nossos territórios foram demarcados.
Continuamos a conversar por mais alguns poucos minutos.

E então, depois deste dia, sumimos um do outro sem querer.
Não sei exatamente o que aconteceu. 
Minha vida me levou para outros rumos e a dele também.
Passamos mais de um mês sem contato algum.
Nos perdemos.
Eu levava comigo a imagem dele como lembrança e com ela seguia meus dias.
Ele, acho que nem devia lembrar de mim... mas isso eu não posso afirmar.
Eu o via conectado algumas vezes, porém não ousava chamá-lo para conversar, por medo de assustá-lo talvez. Como uma forma de desfazer tudo o que já tinha sido feito, quem sabe...
Poucas vezes eu ficava on-line, e por pouco tempo.

Foi então que um mês (mais ou menos) depois, Massimo me chamou novamente no MSN.
Meus olhos brilharam e deixei, mais uma vez, escapar um sorriso.
Neste momento, tudo viria com força total e não conseguiríamos mais fugir um do outro.

E a trilha sonora desta parte da história é sem dúvida essa:


Amanhã volto com a continuação da nossa novelinha da vida privada.
Tem muito babado nesse vestido ainda.
Beijo e a domani,

Dany, Danielle